sexta-feira, 26 de junho de 2009

Cafés filosóficos em Buenos Aires




Nós vamos! Obaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Eu fui à parada gay na Avenida Paulista


Eu fui e fiquei impressionada com muita coisa: impressionei-me pelas manifestações de carinho que percebi entre as pessoas; fiquei pasma com a total ausência de sinais de violência, tão comuns onde há aglomeração de gente; não conseguia acreditar que pudesse haver tanta gente em um evento - cerca de três milhões e meio de pessoas; fiquei chocada, às vezes, com cenas eróticas explícitas - coisa que me choca mesmo entre heterossexuais; fiquei revoltada com a sujeira que enchia a avenida, à medida em que as pessoas passavam; adorei o clima de festa que animava a maioria das pessoas, que envergavam fantasias, chapéus, boás, tudo muito colorido; gostei do tom político que o movimento trouxe, como: “Sem Homofobia, Mais Cidadania - Pela isonomia dos direitos”; e, vi computadores instalados, ao lado de rapazes semi-nus e de travestis, sendo usados para recolhimento de adesões dos que passavam para que, com um milhão de assinaturas, conseguissem seu intento político. Não conheço outro movimento tão poderoso. Os gays são um poder cuja dimensão ainda não se sabe, mas é uma conquista nascida do gueto, lugar em que os diferentes são colocados pelos "normais". Os movimentos por identidade começam tímidos e se agigantam bem diante dos nossos olhos, fazendo-se notar, fazendo-se respeitar.

Eu gostaria que as crianças tivessem discernimento e poder de locomoção para iniciarem um movimento desta dimensão. Imagino que encheriam as ruas para gritar que não suportam mais serem abandonadas, negligenciadas, violentadas pelos adultos e que querem um milhão de assinaturas para que o ECA seja efetivado finalmente. Aí sim, haveria milhões e milhões de pessoas dizendo que querem que os crimes de que são vítimas sejam apurados com rigor e que uma creche incendiada merece da mídia o mesmo espaço que a queda do airbus. Aí as crianças seriam vistas com respeito, pois encheriam os hotéis e os restaurantes, teriam que comprar fraldas e mamadeiras no comércio de São Paulo, e teriam que voltar no ano que vem para engrossar as fileiras e para continuar um movimento justo, capaz de assegurar o futuro da humanidade. Pena que as crianças são frágeis, não? Pena que haja tão pouca gente que as defende. Pena...