terça-feira, 22 de janeiro de 2013

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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Consegui, acho!

Estou sem fumar desde a última postagem. Confesso que tramei mil formas de driblar a mim mesma, que pensei em mil formas de dar uma tragadinha aqui e ali para acabar com o calvário em que eu estava metida. Falo de calvário de boca cheia mesmo, por que o que vivi até ontem foi o inferno puro e simples. Ontem mesmo tive pena dos que me rodeavam, por que eu estava escabelada, desnorteada, com vontade de matar alguém. Chorei amargamente por diversas vezes, ainda ontem, e perguntei à minha nora Angélica se alguém já tentou se matar por causa de síndrome de abstinência. Ela sorriu e, coisa bem do jeito dela, um tempo depois, ela falou que sim, que poderia acontecer. Disse que o cigarro não merece tudo isso e que eu deveria mudar o foco. Quando ela falou isso, eu há havia tomado umas gotinhas milagrosas, motivo pelo qual, pude ouvir e analisar bem o que aquilo significava. Desde aí, melhorei. Hoje tive vontade de fumar, mas, mesmo que tivesse acesso a uma tragada eu a recusaria. Não tenho mais medo de morrer de falta do cigarro, já posso pensar em outras coisas bem agradáveis. Sei que vou viajar e isso não implica mais em planejar em quanto cigarro levar, onde fumar e onde vou colocar a bituca que abomino. Não há coisa mais mal cheirosa do que uma bituca de cigarro, não há nada mais humilhante do que transitar por aí, bituca na mão, procurando um lugar para o descarte do que, sei, vai demorar alguns anos para se decompor. Ufa! Dessa me safei! Nunca mais, nunca mais, nunca mais! Nem uma tragadinha, nenhum cheirinho ruim na minha roupa, nenhuma tentativa desesperada de tentar disfarçar o que me envergonhava tanto. Ainda estou com vontade, mas vou aguentar. 

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Parei de fumar!

Esta é a terceira vez que paro de fumar. Das outras duas tive êxito, juro! Fiquei um ano e três meses livre e saudável. Livre por que não precisava mais procurar lugares para fumar, geralmente longe das pessoas e envergonhada por ter que enfrentar vento, chuva, isolamento. Saudável, por que engordei, senti sabores mais intensos, respirei melhor, conversei mais, convivi de forma muito mais intensa. O que me fez perder a batalha, nas duas vezes, foi a valentia e a saudade. Valentia por me sentir totalmente fora do vício e saudade, não do cigarro, mas da companhia, do ritual de pegar aquele objeto tão próximo, acendê-lo e tragar, para depois soltar a fumaça lentamente. De valente e saudosa a fumante foi um passo. Um cigarro acompanhado de tontura e intenção de não repetir, a outro cigarro horas depois, me fizeram perder o respeito por mim e a pensar que de tão livre eu poderia fazer isso quantas vezes quisesse. O resultado foi a atitude infantil de fumar escondido, por vergonha dos que haviam apostado em mim, haviam aguentado meu mau humor, meu desespero, meu sofrimento. Esta postagem representa um marco, uma data em que repito o feito, desta vez acompanhada de um diagnóstico de alguns problemas físicos, que não posso ignorar. Estou me sentindo ameaçada e fumar não me parece mais algo atraente. Estou amedrontada e ciente de que não posso mais tentar. Espero encontrar o que preciso dentro de mim, por que, fora de mim tenho o apoio, de novo, das pessoas que me amam e que não quero decepcionar. Para aqueles que trabalham com isso, para quem tem amigos que desejam ajudar a parar de fumar, vale ressaltar o que os fumantes têm a ganhar parando de fumar, por que o que eles têm a perder eles repetem intimamente a cada cigarro que acendem. Aos que já pararam de fumar, têm minha admiração, por que conseguiram algo muito difícil e doloroso.