quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Geral
27/10/2010 11:35:52 - Atualizada em 27/10/2010 11:35:02
CULTURA
Posse dos novos membros da Academia Passo-Fundense de Letras
Sete novos membros tomaram posse na APL. O evento reuniu autoridades locais dos mais diversos setores
Redação Passo Fundo
Redação Passo Fundo / DM


A Academia Passo-Fundense de Letras empossou sete novos membros na última quinta-feira (21) com as dependências completamente lotadas por autoridades dos mais diferentes setores, acadêmicos Passo-Fundenses e seus familiares, amigos e demais convidados que foram prestigiar o evento.

Sob a coordenação da Presidente Elisabeth Souza Ferreira, a solenidade de Investidura e Posse foi conduzida com toda a pompa que uma sessão desse tipo requer. Os novos acadêmicos foram chamados um por um, em ordem alfabética: Carlos Antonio Madalosso recebeu das mãos da Presidente do Conselho Fiscal da APL, Selma Costamilan, o diploma, a carteira social, a pellerini e o medalhão, ocupando a cadeira nº 40 cujo Patrono é Dom Cláudio Colling. Diógenes Luiz Basegio recebeu a indumentária acadêmica das mãos de Santina Rodrigues Dal Paz, Vice-Presidente da Academia Passo-Fundense de Letras, ocupando a cadeira nª 35, cujo Patrono é Dr. César Santos. Elmar Luiz Floss também recebeu sua pellerini, medalhão, carteira social e diploma das mãos de Santina Rodrigues Dal Paz, Vice-Presidente da Academia Passo-Fundense de Letras, ocupando a cadeira nº 24, cujo Patrono é Érico Veríssimo. Marilise Brockstedt Lech recebeu a indumentária acadêmica das mãos de seu esposo, o também acadêmico Osvandré Lech, ocupando a cadeira nº 39, cujo Patrono é Delma Rosendo Gehm.

Mauro Gaglietti, o brilhante orador que falou em nome da nova turma acadêmica recebeu sua indumentária das mãos de seu amigo e 2º Secretário da Academia Passo-Fundense de Letras, Rogério Moraes Sikora, ocupando a cadeira nº 31, cujo Patrono é Francisco Antonino Xavier e Oliveira. Odilon Garcez Ayres foi homenageado com a entrega de sua indumentária pelas mãos de seu amigo coxilhense e também
acadêmico Francisco Mello Garcia, ocupando a cadeira nº 38 cujo Patrono é Tenebro dos Santos Moura. Sueli Gehlen Frosi, a nova confreira que fez o juramento em nome dos demais, recebeu sua indumentária acadêmica das mãos da 1ª Secretária da Academia Passo-Fundense de Letras, Dilse Piccin Corteze, ficando com a cadeira nº 17, cujo Patrono é Ernani Fornari.

Os novos membros receberam ainda, um CD contendo o Hino da Academia Passo-Fundense de Letras de autoria da acadêmica Helena Rotta
de Camargo.

Os convidados foram recepcionados com um farto coquetel regado a vinhos e refrigerantes. A primeira tarefa que caberá aos novos membros cumprir será a pesquisa aprofundada de seus respectivos Patronos para uma apresentação pública aos demais acadêmicos, tão logo isto seja possível. A Academia Passo-Fundense de Letras deseja a todos os novos acadêmicos muito sucesso e felicidades!

sábado, 23 de outubro de 2010

Comunicação Social

Notícias

22/10/2010 - Legislativo participa da posse de imortais na Academia Passo-fundense de Letras

O vereador Rafael Bortoluzzi (PP) prestigiou na noite desta quinta-feira, dia 20 de outubro, a posse dos sete novos integrantes da Academia Passo-fundense de Letras (APL). Na oportunidade tomaram posse os escritores Carlos Antonio Madalosso, Diogenes Luiz Basegio, Elmar Luiz Floss, Marilise Lech, Mauro Gaglietti, Odilon Garcez Ayres e Sueli Gehlen Frosi.
Bortoluzzi salientou que era uma honra representar o Legislativo em um evento tão importante, ainda mais quando estava sendo incluído na galeria dos imortais um colega vereador em pleno exercício. “Estou muito feliz em estar aqui e desejo um bom trabalho aos novos empossados, principalmente ao Dr. Diógenes Basegio, que é nosso colega na Câmara de Vereadores e que agora é deputado eleito. Também nos colocamos à disposição para auxiliar no que for preciso”, salientou.

Por Daniela de Oliveira


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Academia Passo-fundense de Letras recebe novos imortais


Na noite de quinta-feira (20), a Academia Passo-fundense de Letras (APL) nomeou sete novos integrantes. Na oportunidade, tomaram posse os escritores Carlos Antonio Madalosso, Diogenes Luiz Basegio, Elmar Luiz Floss, Marilise Lech, Mauro Gaglietti, Odilon Garcez Ayres e Sueli Gehlen Frosi.

Por clicRBS Passo Fundo

Deixe a sua resposta!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Professora Elza

Uma das maiores alegrias da minha vida foi saber que minha professora do terceiro ano primário ficaria mais um ano conosco. Lá se vão mais de cinqüenta anos, mas lembro que a achava linda, com aquele batom vermelho que passava do contorno natural da boca, para aumentá-la em, pelo menos, meio centímetro. E ela era cheirosa e bem fofinha e dava aula que era uma beleza.

Havia os concursos de tabuada, aos quais a Valderes ganhava sempre, pobre de mim. Eu só conseguia impressionar minha professora esporadicamente, em alguma redação ou outra. Eu era meio apagada naquela época, meio tímida. Nunca disputei com a Delcídia, nem com a Sandra o colo da professora, as demonstrações de afeto que para elas duas era a coisa mais natural do mundo. Mas não me faltou vontade, só coragem.

A professora Elsa dava aula só no Notre Dame e só para nós. Chegava toda alegre, batendo os tacos do sapato pelo corredor, o que para mim era o prenúncio de muito trabalho, de escrever tudo em um caderno, com o compromisso de transpor o conteúdo para um outro caderno, com uma “figurinha de passar” em cada página, mais os desenhos caprichados para arrematar. O Diário, aquele caderno todo enfeitado, era uma espécie de memória da aula, onde as lições ficavam compiladas em ordem cronológica. Além do Diário, tínhamos os livros didáticos, todos encapados com papel encerado, cada série de uma cor. Algumas (éramos somente meninas) encapavam com plástico transparente por cima do papel encerado. Um primor!

Ainda hoje procuro uma professora Elza, que seja descansada, que dê aulas a poucas crianças, que ganhe bem a ponto de não precisar correr feito louca de uma escola para outra. Procuro uma professora feliz e disponível, com um colinho acolhedor, com tempo suficiente para preparar as aulas. O que encontro são professores sobrecarregados, empenhados em entender o comportamento de crianças ricas e pobres, cujos pais delegam-lhes os mais elementares cuidados. São os professores que ensinam as “palavrinhas mágicas”: com licença, por favor, muito obrigado, coisas que por direito, as crianças devem aprender em casa. São os professores que têm que absorver as nossas mazelas, quando lhes pedimos que dêem aula, carinho, noções de empreendedorismo, ecologia, tradicionalismo, civismo, cidadania e o que mais resolvemos delegar.

Na escola de hoje não existe mais a professora Elza, mas existem milhares de heróis que nos substituem no que de mais caro existe e que a paternidade e a maternidade exigem, que é o cuidado básico, pois é muito grande o número de crianças negligenciadas e, ouso dizer, abandonadas em seus direitos fundamentais.

Quero dar um abraço bem apertado, assim como quero sentar no colo da minha professora Elza, mas, como isso não é possível, quero abraçar aos nossos professores e pedir-lhes que não percam a coragem, pois um dia desses acordamos e vamos fazer um curso do tipo: Educação para o amor – para pais e responsáveis por crianças e adolescentes. Aí sim, só precisaremos corrigir os salários, equipar as escolas, torná-las lindas e coloridas, construir ginásios de esportes suficientes, contratar um(a) psicólogo(a) por escola, montar uma equipe completa de suporte para a educação. Só isso!

De qualquer forma, parabéns professores e professoras! Ficamos devendo coisas demais a vocês. Aproveitamos para pedir desculpas...

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

No Dia da Criança serei só avó.

Não sou mais mãe de crianças, mas de adultos. Não fosse o fato de terem-me dado uma neta, talvez esse dia fosse feito de lembranças dos meus verdes anos, quando tinha a casa cheia delas.

Há seis anos, tirando o primeiro em que Cecília era um bebê que eu apertava e esperava uma resposta tão calorosa quanto a minha, os últimos cinco são feitos de experiências tocantes. Vale dizer que minha vida enfeitou-se de risos, danças, colares, chapéus, corridas e dificuldades para sair do chão, dado a um leve endurecimento das juntas já meio enferrujadas.

Cecília sabe das dificuldades de uma avó acerca das limitações da idade, por isso busca assentos bem baixinhos para brincarmos: ela sabe que é normal ter as mãos diferentes das dela, pois comenta delicadamente sobre preguinhas, veinhas e o faz de forma comovente; ela sabe que dependo de beijos e abraços dela, por isso faz brincadeiras que me obrigam a correr atrás, agarrá-la e beijá-la como se fosse à força; ela sabe que dançar é um exercício que me cansa, por isso compreende quando quero parar e brincar de outra coisa; ela embarca nas minhas fantasias de fadas e duendes, assim como embarco nas dela, confinadas em uma barraquinha de pano, onde mal cabemos as duas: ela sabe que, após tantas histórias e fantasias, tenho que ser ajudada a sair da barraquinha o que ela faz com a cara mais satisfeita da mundo.

Estamos, eu e ela, na fase de contar histórias de terror, à meia luz, acampadas em florestas imaginárias, correndo riscos, fazendo de conta que estamos morrendo de medo e nos abraçamos e nos amparamos como se tudo fosse de verdade. Esta fase recém começou e estou dando tratos à bola para imaginar historinhas aterrorizantes adequadas para a idade dela. Isso toma tempo, gente! E cansa! E é lindo! E eu não vejo a hora de nos encontrarmos de novo. Aliás, ela pensa que tenho todo o tempo do mundo para ela, já que vovó se não fizer comida, alguém pode fazer no lugar dela, se tiver um compromisso, ela pode adiar para brincar. É uma delícia!

O Dia da Criança é feito disso! Não imagino um dia desses sem envolvimento, sem carinho, sem beijos e abraços. Talvez eu compre um presente pra ela, mas se não comprar, ela me tem inteira, assim como tem a outra vovó, tem o vovô, tem tios, primos professoras, colegas e tem os pais que a amam de forma incondicional, o que é fundamental para ela.

Gostaria que o mundo fosse feito assim, para que todas as crianças fossem tão felizes e tivessem coisas simples, que não custam dinheiro, mas que marcam profundamente. Sei que um mundo saudável teria que ser construído na sua base, com o envolvimento amoroso, com o calor do contato e a construção de vínculos sólidos uns com os outros.

Bem que eu gostaria de ver outra saída para o mundo, a não ser na construção e no exercício do amor, que deve ser demonstrado, assim como dito, assim como distribuído com generosidade.

Dia da Criança é dia de ser pai, de ser mãe, de ser avó, avô, de ser adulto que ama, não o futuro do mundo, mas o presente, único tempo que temos para nos dedicarmos de verdade aos nossos pimpolhos.


Publicado em O Nacional de 11/10/2010