sábado, 31 de março de 2012

Ao meu amado!

Há muitos anos vivemos
Um amor que reputo lindo,
Por conter em sua essência
Verdade, amor e carinho.
Nunca misturamos o que é de um,
Para confundir o que é de outro,
Pois acreditamos que, sendo inteiros.
Mais chance temos de conseguir uma riqueza,
Que a sós, dificilmente conseguiríamos.
Tu és uma pessoa completa,
Eu também sou, embora não prontos,
Que esperam que o tempo ajude
A encontrar uma síntese,
De duas verdades unidas,
Por um amor que respeita
O que pensa um, o que pensa o outro,
A fim de que, sem amalgamar,
Apenas deixando conviver,
As verdades de um, as verdades do outro,
Consigam abarcar a felicidade de um
E a felicidade do outro,
Para coroarem uma vida que de tanto amor,
Conseguiu respeitar o que é de um
E o que é do outro.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Em meus braços

Meus braços já foram poucos
Pra tantos bebês, que de pequenos,
Estendiam os seus para os meus,
Que sempre prontos, ora pega um, ora outro,
Carregavam felicidade, de filhos meus,
De filhos outros, a quem acolhi com gosto.

Com o tempo meus braços esvaziaram-se,
Abraços jovens, ligeiros, apressados experimento,
O prazer de apertar, de cheirar e apertar de novo,
Deu lugar a carinho comedido, com pouca cor e gosto.

Hoje meus braços cansados, às vezes doloridos,
Enchem-se de novo de corpinhos cheirosos,
Aperto, cheiro e aperto de novo,
Sem saudades, por que compreendo,
Que nesta fase da vida não são os filhos,
Mas os netos que deixam em mim,
A sensação de amor desmedido.

Este é o poema que faço por causa da saudade que já senti dos meus bebês, que agora emprestam-me seus bebês. Obrigada!

sexta-feira, 23 de março de 2012

Minha filha mãe

Do meu colo pulaste pra vida
Feliz, sem temer os percalços,
A colheita de hoje, para nós duas,
É o sentimento em comum
De amor pelo filho que tens,
Fruto das escolhas tão lindas,
Que de tão acertadas, explodem
Espalhando beleza, amor e ternura.

Vejo em ti uma mulher,
Não mais a filha que de mim precisa,
Sei, conquistaste asas, liberdade,
Por puro mérito, de tão valente.
Viva, minha filha,
Continue voando alto, sorrindo para o mundo
Ele sorrirá de volta, tenha certeza.

Eu agradeço o agrado,
Que me fazes todo dia,
Oferecendo-me um menino
Tão feliz e carinhoso
Que herdou de ti tanta coisa
E tantas outras do teu marido e amor,
Formando um trio que impressiona,
Pela beleza e carinho que espalham.
Ser uma irmã

Ser uma irmã de verdade,
é não limitar-se ao sangue que corre nas veis,
é estar ao lado, mesmo que longe,
é defender com ardor, em qualquer idade.

Minha irmã tu és assim,
sisuda, sarcástica, sobretudo sincera
Por vezes não encontras eco
às tuas palavras disparadas com força,
mal interpretadas que foram
por pessoas de sensibilidade confusa,
que passam a comportar-se como feras.

Não tens que mudar, creia
prefiro-te assim verdadeira,
a outros que de frente me presenteiam,
mas que amiúde tornam-se
as que mais me chateiam.

O amor que me une a ti
é algo de que cuido todos os dias,
para que além do sanque que temos,
laços outros, permanentes,
que de longe mando, e de longe recebo
sejam material suficiente,
para que sejamos sobretudo parceiras.
Vá, minha filha!

Já estou acostumada
Com seus arroubos de liberdade,
Com suas ânsias em conhecer,
Com seu amor tão bonito
Pelo homem escolheu.

Estou segura, no entanto,
Que você é mais feliz aí,
Tão longe, mas tão presente,
Pelo carinho que sinto, emana
Das lonjuras do coração seu.

Vou ficando no aguardo,
De encontrar seu cheiro,
De envolvê-la de novo em meus braços
De sentir que não há distância,
Que esmaeça o amor que construímos,
Ao longo da sua vida e,
Por que não dizer, ao longo de toda a minha.

Acalentei a idéia de tê-la
Desde que me conheço por gente,
Imaginei uma menina
E chegaste linda, suave e tornou-se
Essa mulher que me inspira e me toca pra frente.
Eternidade

Na vida, meus netos, estou no inverno
Sou passado, sou presente, talvez futuro,
Temo perder o que o presente me dá,
Que é tanto amor, que é tão seguro.

Seus pais foram a garantia,
Em um passado logo ali, expectante,
De que o amor atingisse o eterno
Continuidade de cada etapa,
Pois na primavera a semeadura foi constante.

O verão foi observação
De crescimento em tamanho e graça
O que garantiu saúde
Para que nascessem meus netos lindos,
Que são a eternidade, garantia do que não passa.
Quando amo!

Quando amo transbordo
Em doçura, desvelo e carinho.
Temo, entretanto,
Que o amor que tenho,
Seja breve de tanto empenho.

Se o deixo livre, ele voa,
Se o deixo preso, ele esmorece,
Tento encontrar um ponto
Entre o vôo e o restrito
Para que o amor que tenho
Seja solto, ou fenece.

Encontro o ponto, enfim
Cuido feito tesouro
Dou-lhe asas e a certeza,
De que ficando, será amor
Sem amarras, duradouro.
 
Estou tentando fazer poemas. Nas próximas postagens, mais algumas tentativas.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Quando pensamos que teremos um dia normal, eis que somos sacudidos por notícias que nos entristecem, o que reflete que não temos controle de nada. Hoje, minha amiga, confreira e madrina Selma perdeu sua filha. Quem tem filhos pode avaliar o que se passa com ela. Com o intuito de avisar uma amiga sobre essa morte, fico sabendo da internação dela no HSP. Estou triste e amedrontada. Estamos em uma idade, o Domingos e eu, em que perdemos amigos com frequencia. A vida é algo imponderável, por onde flutuamos a mercê de alguma coisa parecida com sorte, destino ou seja lá o que for. Espero ter o dom, hoje, de poder consolar, ou, só dar um abraço confortador a minhas duas amigas queridas.