segunda-feira, 30 de abril de 2012

A amiga distante

Nada tem de fraca, a amizade que trago
De tempos pretéritos, quando ainda moça,
Braços estendidos, colo farto, peitos cheios
Tive alguém que acompanhou,
Sorrindo, visitando, dando carinho,
Mostrando-me o que era seu,
Uma menininha tão linda, sua paixão,
Que agora adulta, minha amiga presenteou,
Com lindos netos, que enchem sua vida,
De alegria, de tantas esperanças,
Por vê-los saudáveis, cheios de vontades,
Fazendo sua vida algo que vale tanto.
Da minha amiga tão feliz e tão alegre,
Guardo lembranças suaves, voz baixinha,
Que não economizou carinho,
Quando tanto eu precisava.
Tantas vezes coloquei em seu colo meus bebês,
Que ela segurou, quanto cuidado,
Espero que um dia, ela os veja quase grisalhos,
Colocando-lhe seus bebês nos braços também.

Obrigada, minha amiga Dirce, por tudo, tudo, tudo.







sábado, 21 de abril de 2012


Papo cabeça com Gernano Schwartz, Fernando Tonet, Mauro Gaglietti, Leonel Severo Rocha e João Martisn Bertaso...Na noite de ontem aconteceu o II Café Filosófico Direito e Sociedade e o I Encontro do Núcleo de Estudos e Pesquisas Luiz Alberto Warat, no 540 PUB, em Passo Fundo. Em um primeiro momento, apresentação musical, cafezinho da Estino e paõzinho da Pantik... Logo após, foi exibida a entrevista realizada com o saudoso Warat há três anos, durante o I Café Filosófico. Neste momento, conduzidos pelo Presidente da Academia Passofundense de Letras, Osvandré Lech, os convidados da noite iniciaram o bate-papo, que foi até tarde... Muitos amigos estiveram presentes! AGRADECEMOS AOS QUE FIZERAM DESTE EVENTO UM SUCESSO E ESPERAMOS TODOS NO III CAFÉ FILOSÓFICO, QUE ACONTECERÁ NO DIA 06/07/2012, NO 540 PUB.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Ah! A memória!

Penso na memória, intuindo traição,
Por ter que contar com ela quando mais necessito,
De precisão, pontualidade, horário marcado,
Ao me pensar traída, puxo pela razão
E vejo que não houve falha, só deslocamento,
Interesses outros tomaram o lugar,
Do que ontem era tão premente,
Hoje já não importa tanto, caducou.

A angústia dos que esquecem,
É pensar que não lembrar seja indício doentio,
Porém, penso, urge esquecer algo,
Pois não consigo carregar tanto peso,
De dias e dias aprendendo,
O que necessito aprender e o que não, também.

Temo a degenerescência, porém não é pra agora,
Tenho muito a viver e a lembrar,
De tantos dias cheios, de uma vida inteira,
Prenúncio de um futuro que, se sorte,
Muito acúmulo ainda tenho que guardar.

Minha memória tem mania,
De trazer à baila muita gente, muitos risos,
De meus pais a trabalheira de tempos incertos,
Que de frutos ficou o exemplo,
Passado aos filhos meus, quanta alegria,
Herdaram éticos comportamentos e vida reta,
Por caminhos que compartilho orgulhosa.

Se acontecer de minha memória me trair de fato,
A ponto de esquecer quem sou e a quem amo,
Os meus que, beneficiados com tanto cuidado,
Cuidarão de mim, mesmo que, olhando-os não os reconheça,
Mas eles lembrarão, até que eu dure e os mereça.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Meu tempo

Meu tempo é hoje
Quando me emociono com o presente,
O passado deixo pra trás,
Caduco que está, mesmo importante.

Não vivo o ontem,
Não sou o que fui ontem,
Mas sou o hoje, com tudo o que implica,
Em emoção, em comprometimento,
Com o século em que me encontro,
Com o engajamento inerente
Ao tempo em que vivo, estanto presente.

Quem me coloca lá atrás,
Mal sabe com que entusiasmo
Enxergo o futuro, tão pleno de caminhos,
Que se trilhados com carinho,
Levarão ao que almejo,
Não só pra mim, mas a todos
Os que caminham com os pés bem fincados
No chão que compartilhamos