domingo, 7 de agosto de 2011

Aprendi que o pior não é a notícia da doença, mas o que pode vir junto com ela. Contaminar uma pessoa durante uma biópsia devia ser proibido. Não basta diagnosticar? Não basta invadir? Tinha que ser assim tão horrível? A dor nos deixa paralisados, impotentes. Ver alguém que amamos urrar de dor, por uma coisa que poderia ser evitada dá muita raiva. As consequencias de uma contaminação são dor, adiamento de cirurgia, remédio, troca de remédio, mais dor, sonda para a urina, mais dor, mais remédio. Na semana que vem temos hospital, operação, retirada da próstata e, finalmente, o fim da tortura. Pensei que a retirada da próstata fosse algo traumatizante, mas foi-nos explicado que não. A próstata tem a função de fabricar o líquido que leva o sêmem até a saída, tendo portanto a função estritamente reprodutiva. No caso de sua retirada, o cirurgião, quando habilidoso, preserva dois nervinhos responsáveis pela ereção. Caso isso aconteça, o ato sexual acontece normalmente, com a diferença de que é um ato "limpo", sem ejaculação, mas com a sensação de ejaculação. Os homens que têm pavor de fazer exames para detecção de tumor na próstata, podem morrer por isso. Fazer o exame de sangue para saber o PSA é fácil, assim como é fácil o exame de toque para ver o tamanho dela e a possibilidade de tocar em alguma alteração. Nós estamos felizes por termos apostado na prevenção, o que ocasionou a constatação de que o tumor é inicial e pequeno, não havendo necessidade de radioterapia. Vale muito a pena o cuidado, por que somos uma geração que está vivendo mais e o câncer de próstata parece ser uma epidemia. Agora ficamos sabendo de inúmeros casos, todos bem sucedidos, assim como já presenciamos algumas mortes, aliás já vimos que todos os homens de uma família foram acometidos pelo mal. Se há antecedentes familiares a investigação é mais urgente ainda. Aprendi muito e estou absolutamente confiante de que, após a cirurgia, vamos ter uma vida normal de novo.

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