quinta-feira, 29 de março de 2012

Em meus braços

Meus braços já foram poucos
Pra tantos bebês, que de pequenos,
Estendiam os seus para os meus,
Que sempre prontos, ora pega um, ora outro,
Carregavam felicidade, de filhos meus,
De filhos outros, a quem acolhi com gosto.

Com o tempo meus braços esvaziaram-se,
Abraços jovens, ligeiros, apressados experimento,
O prazer de apertar, de cheirar e apertar de novo,
Deu lugar a carinho comedido, com pouca cor e gosto.

Hoje meus braços cansados, às vezes doloridos,
Enchem-se de novo de corpinhos cheirosos,
Aperto, cheiro e aperto de novo,
Sem saudades, por que compreendo,
Que nesta fase da vida não são os filhos,
Mas os netos que deixam em mim,
A sensação de amor desmedido.

Este é o poema que faço por causa da saudade que já senti dos meus bebês, que agora emprestam-me seus bebês. Obrigada!

Nenhum comentário: