quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Parei de fumar!

Esta é a terceira vez que paro de fumar. Das outras duas tive êxito, juro! Fiquei um ano e três meses livre e saudável. Livre por que não precisava mais procurar lugares para fumar, geralmente longe das pessoas e envergonhada por ter que enfrentar vento, chuva, isolamento. Saudável, por que engordei, senti sabores mais intensos, respirei melhor, conversei mais, convivi de forma muito mais intensa. O que me fez perder a batalha, nas duas vezes, foi a valentia e a saudade. Valentia por me sentir totalmente fora do vício e saudade, não do cigarro, mas da companhia, do ritual de pegar aquele objeto tão próximo, acendê-lo e tragar, para depois soltar a fumaça lentamente. De valente e saudosa a fumante foi um passo. Um cigarro acompanhado de tontura e intenção de não repetir, a outro cigarro horas depois, me fizeram perder o respeito por mim e a pensar que de tão livre eu poderia fazer isso quantas vezes quisesse. O resultado foi a atitude infantil de fumar escondido, por vergonha dos que haviam apostado em mim, haviam aguentado meu mau humor, meu desespero, meu sofrimento. Esta postagem representa um marco, uma data em que repito o feito, desta vez acompanhada de um diagnóstico de alguns problemas físicos, que não posso ignorar. Estou me sentindo ameaçada e fumar não me parece mais algo atraente. Estou amedrontada e ciente de que não posso mais tentar. Espero encontrar o que preciso dentro de mim, por que, fora de mim tenho o apoio, de novo, das pessoas que me amam e que não quero decepcionar. Para aqueles que trabalham com isso, para quem tem amigos que desejam ajudar a parar de fumar, vale ressaltar o que os fumantes têm a ganhar parando de fumar, por que o que eles têm a perder eles repetem intimamente a cada cigarro que acendem. Aos que já pararam de fumar, têm minha admiração, por que conseguiram algo muito difícil e doloroso.

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