quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Violência inata


Nascemos com um potencial violento, mas vamos burilando esse potencial conforme somos cuidados por nossos pais, conforme vamos entrando em contato com o mundo. Há muitos estudos, muitas pesquisas que tratam desse assunto tão importante e que tem a ver com nosso processo evolutivo. Minha trajetória nos últimos anos tem um norte: ajudar pais e educadores a melhor cuidarem de suas crianças, para que a pacificação que tanto almejamos se concretize. Percebe-se que, quando as pessoas falam sobre paz, o fazem pensando que ela deve ser promovida pelos outros, esquecendo-se que com nossas atitudes, as mais simples, conseguimos influir na vida de todos, e, exagerando, na vida de todo mundo, e, exagerando mais, de todo o planeta. Fico muito triste quando sou alvo de agressão, isso me derruba e provoca uma desesperança, para logo em seguida pensar em quanto já agredi sem perceber, sem me dar conta. A pior agressão é aquela deliberada, que acontece por pura intenção e é fruto de planejamento minucioso, para que a ferida provocada seja dolorosa. Há feridas que já foram abertas há tempo e que, com muito custo foram curadas, mas os agressores covardes primam por reabrí-las, numa demonstração de que estão em um estágio evolutivo muito rudimentar, próximo ao estado instintivo. Triste encontrar esse tipo de pessoa cruel e insensível, que finge muito bem, mas que esconde seu potencial violento para colocá-lo para fora ao menor movimento de quem não lhe agrada, ou de quem o contraria. Às vezes, não dá tempo de reparar os estragos causados, assim como, às vezes, o agressor passa a ser alvo de revide, mas, acredito que o pior seja conviver com o monstro interior, aquele que se agiganta e destrói por dentro seu hospedeiro, tornando-o infeliz e só. Eu hein! Quero mais é ser feliz e aproveitar a vida sem ter inveja de ninguém. Isso sim é que é bom!

3 comentários:

Adriana Gehlen disse...

triste mesmo.

gabi mo disse...

Eu nasci com os instintos mais animais...
E acho que desenvolvi alguns potenciais só porque o mundo me mostrou que eu podia tentar, porque um dia minha mãe me disse "que bonito isso!" e eu fui atrás.

Acho que tem gente que ainda não viu que tudo é possível quando se quer, quando não se machuca quem está perto da gente. E quem ainda não viu é quem nos agride deliberadamente a liberdade, e que nos derruba, caso um dia não foi nos ensinado a como se levantar - pelos nossos pais, ou pelo mundo.

Sueli disse...

Você disse tudo. O grande barato é não machucar quem está perto, mas não permitir que nos machuquem. Obrigada por postar um comentário tão maduro. Abração Gabriela