sexta-feira, 10 de julho de 2009

Estou otimista

Quase sempre somos tomados por um sentimento de impotência frente aos problemas da cidade. A sociedade civil assiste, critica e não é empoderada de saberes e de poderes para interferir nas políticas públicas. Percebo agora, que esse empoderamento só acontece quando nós queremos e quando temos coragem de tomar posicionamentos. A democracia de verdade acontece quando os poderes contam com a participação ativa dos cidadãos, que podem interferir, podem ajudar e podem capacitar-se para incluir nas políticas a atuação de entidades e pessoas capazes e bem intencionadas. Estamos criando uma associação de voluntários, que serão capacitados para serem orientadores sociais, junto ao poder judiciário, para atuarem nas medidas sócio educativas em meio aberto, na liberdade assistida. Hoje ultimamos os preparativos para a capacitação, mandamos fazer o material publicitário que será colocado nas mídias lá pelo fim do mes. A alegria que se percebe durante o processo de elaboração do projeto é um sintoma de que as coisas vão acontecer efetivamente. Devemos a Mauro Gaglietti e ao IMED o pontapé inicial e o know how de que precisávamos para conseguirmos implementar nossas idéias e, por que não dizer, nossos ideais. Estamos entusiasmados e nos sentimos apoiados de todas as formas, o que nos dá um sentimento maravilhoso de otimismo e de dever cumprido. Um cidadão não pode contentar-se em ser espectador, mas deve querer ser protagonista da história da sua cidade, já que é na cidade o único lugar onde podemos atuar de verdade. Outro projeto que está acolhendo de fato a ajuda da sociedade é o Comitê Contra a Violência, primeiramente encabeçada pela Secretaria da Saúde e hoje conta com várias outras secretarias. Ontem recebemos uma representante da Unesco, que veio de Porto Alegre para conhecer o que já está sendo feito no Bairro Jaboticabal, eleito como plano piloto. Nossa entidade, a Escola de Pais do Brasil, está entusiasmada com a possibilidade e comprometimento do poder público de implementação do PIM - Primeira Infância Melhor, um programa que virou lei, pois acreditamos que crianças bem cuidadas por todos, inclusive pelas políticas públicas, são garantia de pacificação e de saúde mental. Estou otimista, muito otimista de uns dias para cá. Não é para menos, não é? Parece que o fazer bem feito está tomando o lugar das cores partidárias, coisa que sempre atrapalha na hora do vamos ver. Coisa boa, não?

Um comentário:

Adriana Gehlen disse...

sim, coisa muito boa!
;)