sábado, 8 de agosto de 2009

Precisa-se de mais pais



Há iniciativas no sentido de incentivar pais a registrarem seus filhos, pois todos os filhos têm o direito a que o nome do pai figure na certidão de nascimento, assim como o nome da mãe.

Ter um pai e saber o nome dele contribui para a construção de identidade, melhora a autoestima e sugere aceitação. O contrário pressupõe abandono.

É importante que os professores fiquem atentos, a exemplo do que acontece no Mato Grosso, onde os professores procuram descobrir os pais de seus alunos e os encaminham para o registro civil, amparados na Lei 12.004, sancionada pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo essa lei, que ratifica o que já vinha vigorando nos tribunais, a recusa em fazer a investigação de paternidade por exame de DNA, é considerado confissão.

A lei vem em bom momento, em meio a discussões de como estabelecer limites ao comportamento das crianças e adolescentes. Raramente discutem-se limites para as ações dos adultos, que abandonam, ignoram, abusam e se recusam a registrar os filhos que geraram em momentos em que não pensaram nos limites.

Enquanto transformamos a palavra “limite”, em moda, os abrigos vão se enchendo, condenando criancinhas a passar anos em instituições que são um arremedo de lar e assistimos ao descalabro de prender milhares de adolescentes em instituições que pretendem recuperá-los das sequelas do que sofreram por causa do abandono, na maioria das vezes.

Antes de falarmos em limites, falemos em paternidade responsável, falemos em amor e cuidado, pois, recusar-nos a cuidar dos nossos filhos é algo que não pode ser recuperado, pois causa sofrimento aos filhos e priva-nos das maiores alegrias que a vida nos oferece. Ser pai é a experiência mais significativa na vida de um homem.

O Dia dos Pais é uma ótima oportunidade para que procuremos dentro de nós uma capacidade inata, um potencial amoroso que pode e deve ser colocado em prática, para que as crianças sintam que são amadas, para que sintam que os adultos que os rodeiam são pessoas responsáveis e garantidoras da sua segurança.

Pais responsáveis registram seus filhos, primeiro passo para a cidadania, depois cuidam adequadamente deles, proporcionando-lhes amor e segurança, imprescindíveis para seu equilíbrio físico e emocional.


Publicado hoje no jornal Diário da Manhã

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