terça-feira, 13 de setembro de 2011

Alegria!

Deve-se deixar as avós falarem sobre seus netos e netas, ou elas definham até morrer. Como sou muito nova para morrer, vou falar do meu netinho recém nascido, cujo nome é Théo (deus da guerra). Meu encantamento por esse menininho vem desde a primeira notícia de sua existência, mas tornou-se algo gigantesco após seu nascimento. Sou tomada de uma alegria tão grande quando o vejo, quando o coloco no colo, quando ele mama, que quase não consigo me conter. A figura da mãe com o bebê mamando, sempre é algo tocante, mas quando se trata de uma filha que amamenta, torna-se um retrato que nos acompanha desde o despertar até dormir de novo. As lembranças que tenho sobre os meus cinco bebês surgem de forma muito viva, todos os dias, é só olhar meu neto louquinho de fome, chorando a plenos pulmões só por que estão trocando suas fraldas e quando, após a mamada, ele faz aquelas gracinhas com a cara mais satisfeita do mundo. Já peguei vários sorrisos dele, juro! Meus bebês eram tão voluntariosos quanto o Théo e todos encontravam calma e sossego no colo do pai, coisa que estou revivendo agora com meu genro, que tem o poder de devolver sossego em meio à choradeira desenfreada. A voz do pai faz com que o bebê reaja de alguma forma bem perceptível e essa reação não acontece com o som da voz ou do toque de ninguém mais, o que é muito significativo. Ontem ele engasgou e foi o primeiro susto que soube que minha filha teve e ela chorou ao contar. Entendi o porquê do choro, já que nós, as mulheres e mães, sabemos o quanto nosso filho é dependente, o quanto somos responsáveis pela vida dele e isso nos assusta e nos enche um sentimento de urgência em acudir, em cuidar, mesmo quando estão dormindo placidamente. Minha filha e meu genro nunca mais serão os mesmos, por que na vida deles há alguém que eles amam acima de tudo, assim como aconteceu conosco, eu e o Domingos, com os outros avós Ivana e Itacir. Sou convicta de que os filhos não nos devem nada e que o amor que eles dão aos filhos deles é que paga de tudo o que investimos em amor, carinho, educação, exemplo e dedicação de uma vida toda. Filhos que foram bem paternados e maternados, têm um potencial enorme de serem ótimos pais. É alegria o que sinto, mas uma alegria enorme e incapaz de ser descrita. Só posso agradecer à vida por tudo...

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