sábado, 17 de setembro de 2011

Núcleo de Justiça Comunitária

Fomos hoje, Domingos e eu, à casa de mediação comunitária, que é Núcleo de Justiça Comunitária do Bairro Zácchia. Lá compareceu o BOE Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar, com o intuito de conversar com a comunidade sobre seu trabalho e sobre polícia pacificadora. Aprendemos muito e ficamos entusiasmados com os novos métodos usados para contenção de pessoas. A tecnologia fornece a esses homens, tidos como violentos, um aparato que conta com uma pistola de paralisação, que alcança o indivíduo, deixa-o desfalecido por cinco segundos, tempo suficiente para que seja algemado ou dominado de alguma outra forma. Outro recurso é o gás de pimenta, usado há bastante tempo de forma a atingir um grande grupo. Porém, agora, cada policial é municiado com um spray menor, que atinge o rosto de um só indivíduo em meio a outras pessoas, não penalizando a todas, como era feito. Outro recurso é o cacetete, muito pouco usado hoje, devido aos recursos anteriores, o que está evitando muita violência. Após isso, todos sabemos dos métodos, dos expedientes arbitrários que, mesmo por parte deles, estão sendo minimizados. Ficamos satisfeitos pela disponibilidade do grupo em responder perguntas, em usar da máxima franqueza, em mostrar os homens que estão por trás da farda. Eu, como sempre, passei meio congelada perto de tantas armas e pus-me a pensar em como ninguém gosta de violência, como todas as pessoas anseiam pela paz, em como há comunidades reféns de bandidos e em como precisamos de medidas de prevenção, mas não podemos negar, de repressão também. A repressão que queremos é a presença da polícia, a confiança nela, o poder chegar e conversar, para dizer o que nos assusta e o que todos podemos fazer para sossegar nossos corações de seres humanos que tanto necessitam viver em paz.

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