segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Um encontro e tanto!
                Encarregaram-me de organizar o encontro da Turma de Formandos do Instituto Educacional de 1968. Era a minha turma formada por trinta e oito pessoas. Compareceram ao encontro quinze deles, só!
                Começamos a façanha por uma conversa entre o Zilmar Gabriel e eu, falando da saudade que sentíamos. Daí a organizar tudo foi um passo! A dificuldade foi lidar com a resistência dos sessentões em aderir à internet. Primeiro procuramos pelos nomes nas redes sociais, onde encontramos principalmente as meninas e alguns meninos. Trocamos fotos de uma forma impensada há alguns anos, em uma velocidade incrível. Alguns custaram a acreditar.
                O desejo de realizar o encontro estava instalado. Passamos a procurar os que não constavam das redes sociais e, aos poucos, as pessoas foram aparecendo. De muitos lugares do Brasil. Encontramos colegas doentes, outros soubemos mortos, outros não se interessaram, mas os que alcançamos, esses sim, aceitaram com entusiasmo. Criamos uma página secreta no facebook, só para a turma, onde combinamos tudo, tudo.
                Encontrar locais para conversarmos foi coisa rápida também. Encontramo-nos em um bar à noite e em um sítio no outro dia.
                Fomos o Domingos e eu bem mais cedo ao bar e, confesso, eu temia não reconhecer os colegas que não via há 45 anos. Aí concluímos que a gente procuraria por cabelos brancos, bengalas e afins. Eis que começaram a surgir os sexagenários e alguns septuagenários. As meninas todas lindas, lépidas, sorrindo e mostrando uma jovialidade maravilhosa. Os meninos todos senhores fortes, saudáveis, alguns meio barrigudos, mas todos muito bem postos. Não lembro de ver alguém dizer que não podia comer e beber isso ou aquilo. Todos perfeitamente bem. 
                Logo a algazarra estava formada. Os garçons olhavam para mim em desespero, por que os meus amigos não saíam do corredor e as amigas não falavam baixo de jeito nenhum. Aos poucos fomos nos acalmando e pude olhar por cima da mesa e reconhecer uma por uma daquelas fisionomias. Trocamos fotos, flâmulas, bíblias autografadas pelo professor Otto Gustavo Otto, convites originais de formatura.
                O que me emocionou foi constatar que fomos uma juventude que amadureceu muito cedo, que trabalhou muito, conquistou tudo com dificuldade, conseguiu filhos e filhas muito bem sucedidos e está envelhecendo com qualidade graças à tecnologia, que conserta algumas coisinhas  que o tempo teima em estragar em nós.

                A despedida foi feita de promessas de um novo dia como aquele, dessa vez mais pretencioso. Escolhemos uma praia e já estamos providenciando as sungas e biquínis. Trocamos algumas dicas de emagrecimento rápido também. Mas vamos perguntar ao geriatra se pode. 

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