quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Musculação II


Hoje é dia de fazer apologia à musculação. Devo a ela muitos elogios, apesar das dores que me causou. Faz tempo que ouço que, com a idade, perdemos músculos, densidade óssea, tônus, elasticidade da pele e que tudo isso pode e deve ser amenizado. Vivemos muito mais hoje do que antigamente, por isso a necessidade de se chegar à velhice com uma boa forma física e qualidade de vida. Esse blá, blá, blá (no bom sentido) é repetido nos consultórios médicos e sempre entrou-me por um ouvido e saiu pelo outro. Porém, comecei a sentir que secar os pés não era mais uma tarefa fácil, por faltar-me equilíbrio suficiente; que cada movimento brusco causava uma contratura em pontos cada vez mais numerosos do corpo, fazendo com que minhas atividades ficassem restritas; que passar horas digitando estava se tornando uma tarefa impossível, pela impossibilidade de destravar pernas e costas na tentativa de sair da frente do computador; enfim, a vida prática, cotidiana passou a ser algo pesado e muito mais lento do que o normal. Parar de fumar foi uma decisão emblemática, por ser um pontapé inicial para uma série de decisões, não só para mim, mas a dois, pois para o Mingo também. Passamos a engordar assustadoramente, consequentemente tivemos nossa pressão alterada para cima, ao mesmo tempo nosso humor sofreu uma transformação radical e passamos de felizes para profundamente infelizes e frustrados por causa da abstinência às substânicas contidas no cigarro e à falta do ritual de acender um cigarro, aspirar profundamente e, pasmem, gostar daquilo. Era urgente que começássemos a fazer algumas coisas em nosso favor e, uma entre tantas, é a que reputo mais visível e gratificante: a musculação.

Os primeiros resultados são dor, cansaço, depois dor e depois cansaço. É difícil descrever o que a gente sente quando inicia algo que deve ser feito, mas que é adiado ano após ano. A dor é suportável por causa disso e a espera pelo resultado também. O resultado não demora, pois com um mês de exercícios o humor já muda e a gente passa a gostar de suar, de cansar e depois dormir muito melhor. A silhueta é que demora a mostrar algo, mas acontece. Com sessenta e um anos não é de se esperar algo muito muito marcante visualmente, mas o equilíbrio volta a ser o que era, as dores no corpo do tipo bursite, somem, simplesmente somem e a gente não se machuca mais, podendo até mesmo erguer peso. Enfim, estou feliz com o meu forte Domingos, lindo como nunca e superando as dores profissionais com as quais vem convivendo há anos. E viva as decisões que tomamos e que nos beneficiam tanto! E viva a afirmação da Eliza ao nos ver sofrer, de que estávamos necessitando de endorfinas, que agora segregamos por meios saudáveis.
Aviso: A foto não é do Domingos, mas nunca se sabe o que pode acontecer no futuro.

Um comentário:

Adriana Gehlen disse...

endorfina é bom.
ai ai, ficava aliviada sempre depois de jogar futebol, nem comer eu precisava de tão feliz pela dona endorfina. haha

mas musculação eu ainda me nego a fazer, não gosto muito. embora eu já esteja precisando. hohohoh
besos! boa musculação pra ti entón! haha :)