sábado, 30 de agosto de 2008

Saber brincar


Há quem pense que a vida é uma grande brincadeira, que é só ir arrancando as folhinhas do calendário e mais nada. Essas pessoas são meras espectadoras da vida dos outros, sem brilho, sem glamour, sem élan, necessitam de um sustentáculo onde se apoleirar como se fossem parasitas das emoções, das realizações dos outros. Uma vez um professor me disse que há quem faça opção pela mediocridade e é isso que observo quando ouço ou leio comentários desastrosos que visam a desqualificação de pessoas. Quem fala das pessoas não chega ao dedão do pé dos que falam sobre idéias, dos que constróem pensamentos novos, inéditos e que contribuem para que a humanidade avance e não regrida. Vivemos em meio a muito sofrimento para que possamos nos dar ao luxo de nos entregar à mesmice; somos um povo que ainda tem muito o que aprender, para que possamos sequer pensar em parar de imaginar grande, de realmente querer contribuir positivamente, de alguma forma que nos dignifique e nos faça sentir cidadãos. Não é possível que tenhamos licença de nos concentrarmos somente em nós mesmos, esquecendo nossa missão pacificadora, educadora uns dos outros. Quem dera que a vida fosse uma brincadeira e que todos pudéssemos brincar o tempo todo e não precisaríamos pagar nossas contas, poderíamos deixar de assumir nossos compromissos, poderíamos só ficar observando o que os outros fazem e escrevem, sem precisar de nenhum esforço próprio. Seria uma festa poder ler placidamente Paulo Coelho, adorar ver o grande sofrimento por que passam os brothers da TV. Seria uma festa pensar que Deus é o responsável pelo que passamos, que é ele quem permite que as pessoas sofram. Isso sim seria brincar, meu bem!

Um comentário:

Adriana Gehlen disse...

haaaaaaaaaaaaa
fantástico!
amo amo amo.

é, isso sim seria brincar!
=*